LEITURA

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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Poemas na Areia

Certa vez andando pela praia, sentindo as ondas molharem meus pés, me veio a vontade de escrever. 
Como caneta, um graveto que o mar me providenciara. Como papel, a própria areia da praia. Lá me fui a escrever.
Me vinham a mente mil e uma palavras, vários sentimentos, mistura de cores e sons, situações e emoções.
Fui escrevendo tudo quanto me vinha na mente. Tudo de belo, colorido. Ou mesmo feio e sem cor alguma.
Escrevi até quase acabar o litoral, até quase acabar a areia, até quase me acabar, até acabarem-se as palavras e a inspiração.
No fim de tudo haviam belos poemas naquela areia. Poemas de canções, de Amores e Paixões. Todos eles enchiam a areia da praia como se formassem uma trilha para lugar nenhum ou algum lugar desconhecido.
No fim, a missão de um poeta havia sido cumprida. Os poemas estavam alí, todos escritos e livre para a leitura de quem quer que fosse.
Tudo estava Lindo, Radiante. Até que o Mar, que outrora me providenciara o meio de escrever os poemas, este mesmo mar, trouxe suas águas para novamente molhar os meus pés.
E os molhou, os regou suavemente, e tornou de volta como sempre faz, mas desta vez, levou consigo poemas. A serem contados aos seres dos sete mares, do mais raso ao mais fundo das águas.
E cada onda que hoje agita o mar, traz com ela uma frase destinada aos ouvidos mais sensíveis, capazes de ouvirem a poesia que existe nas águas do mar.